Supremo enleio Florbela Espanca Quanta mulher no teu passado, quanta! Tanta sombra em redor! Mas que me importa? Se delas veio o sonho que conforta, A sua vinda foi três vezes santa! Erva do chão que a mão de Deus levanta, Folhas murchas de rojo à tua porta... Quando eu for uma pobre coisa morta, Quanta mulher ainda! Quanta! Quanta! Mas eu sou a manhã: apago estrelas! Hás de ver-me, beijar-me em todas elas, Mesmo na boca da que for mais linda! E quando a derradeira, enfim, vier, Nesse corpo vibrante de mulher Será o meu que hás de encontrar ainda... | Conheci Florbela numa época de grandes descobertas. Era tudo tão revolucionário,tudo tão novo... o mundo se abria e eu me abri pra Florbela. |
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
UMA POESIA FLORBELA
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